Reunião foi conduzida pela presidente da comissão, deputada Dra. Vivianne
Agência Assembleia
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Maranhão promoveu, nesta quarta-feira (6), uma audiência pública para discutir temas de interesse dos profissionais de Odontologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. A reunião ocorreu na Sala das Comissões e foi conduzida pela presidente da Comissão, deputada Dra. Viviane (PDT).
Também participaram os deputados Florêncio Neto (PSB) e Claudia Coutinho (PDT), além de representantes dos conselhos regionais de Odontologia (CRO) e Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito).
A reunião foi dividida em dois momentos. O primeiro foi dedicado ao CRO e voltado à discussão do Projeto de Lei 463, que torna obrigatória a realização de exames pré-operatórios em procedimentos cirúrgicos odontológicos. O segundo atendeu duas demandas do Crefito: a necessidade da abertura de novos cursos de graduação para terapia ocupacional e a criação de um piso salarial para ambas as categorias.
“Reunimos dois importantes conselhos para debatermos temas muito importantes e relevantes para as respectivas categorias. Foi uma reunião produtiva e que, com certeza, gerarão avanços nessas áreas”, avaliou a deputada Dra. Vivianne.
Odontologia
O Conselho Regional de Odontologia levou à mesa a discussão acerca do Projeto de Lei 463, já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O PL, de autoria do deputado estadual Wellington do Curso (Novo), torna obrigatória a realização de exames pré-operatórios em procedimentos cirúrgicos odontológicos.
O CRO se colocou contrário à continuidade da tramitação da matéria na Casa, já que, após a aprovação na CCJ, o PL seria apreciado pela Comissão de Saúde. Segundo o presidente do órgão, Joaquim Gonçalves Neto, o PL não apresenta benefícios para a sociedade.
“O Conselho veio em defesa da sociedade. Nós sabemos que as prerrogativas do cirurgião dentista, com esse PL, vão ser usurpadas e ele não traz nenhum benefício social, pois cabe ao profissional da odontologia, a partir da história do paciente e do exame clínico, saber quais outros exames realmente precisamos solicitar para dar continuidade aos procedimentos”, destacou Joaquim Gonçalves.
A deputada Dra. Vivianne destacou a importância de ouvir o CRO para embasar as próximas decisões a serem tomadas sobre a tramitação do PL. “Trata-se de um PL que causou uma divisão de pensamentos na Comissão de Saúde. A explanação do conselho nos ajudará a tomarmos uma decisão na próxima reunião da comissão. No entanto, tenho certeza de que, depois do que foi dito na audiência pública, realmente não teremos necessidade de votar este PL e que, tanto o autor do projeto como a relatora, vão entender os motivos, que foram muito bem explanados pelo CRO”, apontou a deputada.
Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Na oportunidade, o Crefito, órgão que representa os profissionais da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, apresentou duas demandas, sendo a primeira a necessidade da abertura de novos cursos de graduação para formação de profissionais terapeutas ocupacionais em universidades públicas. A segunda demanda foi a criação de um piso salarial para ambas as categorias.
Para a presidente do Crefito, Letícia Padilha, este diálogo com a Assembleia é de grande importância e resultado de demandas acolhidas pela Casa. “A gente entende que esses dois temas são muito importantes na esfera das políticas públicas de saúde do Maranhão. A escassez de terapeuta se deve a um número muito limitado de graduações e entendemos que é necessário a abertura de mais cursos para que a gente possa resolver esse problema em médio prazo. Outro tema da pauta, o piso salarial estadual, entendemos que deve ser estabelecido por meio de uma lei”, disse Letícia Padilha. Segundo o Crefito, a partir de cálculos feitos pelo órgão, o piso salarial inicial seria de cerca de R$ 3.600,00.
Para a deputada Dra. Vivianne, a conversa com o Crefito expôs também a escassez de profissionais no estado, frente à alta demanda. “Apesar de termos uma demanda altíssima no estado desses profissionais, principalmente de terapeutas ocupacionais, não existem cursos públicos para formá-los. Então, vamos intensificar as conversas com as universidades, com o governador e o secretário de saúde, para tentarmos abrir estes cursos”, finalizou a deputada.